domingo, 29 de junho de 2014

Pedalboard 2014 - de volta à praticidade…

 

Desenterrei meu antigo pedalboard “caseiro” que eu construí há 10 anos atrás, (em 2004, para acomodar à época alguns poucos pedais que eu usava - um wah, um drive e um delay)  para a nova empreitada de 2014.

Enxuguei um pouco meu atual e pesado pedalboard de 80x40cm que me acompanhou nos últimos 5 anos e reformulei algumas abordagens de uso dos pedais. Além de ampliar a gama de timbragens, passei a contar com um uso prático para que eu possa utilizar os pedais de forma confortável e eficiente quando não estiver usando meu próprio amplificador. Isto ainda traz a vantagem adicional de carregar menos peso e ocupar menos espaço no transporte e no palco - o antigo board tem apenas 50x40cm.

Isso só foi possível com um uso melhor do distortion da Wampler “Plextortion”. Ele estava sendo quase subutilizado no antigo esquema, já que não tive oportunidade de timbrar o pedal pro repertório da banda cover quando ainda na ativa. Agora, fiz alguns testes e o deixei para fazer o papel do meu drive principal quando não estiver usando o meu amp. Com isso, o TS-9 fica como seu boost. Passo a usar o TS-9 nessas condições como uma alternativa também de um drive leve, alternando com o plextortion numa mesma música. O Wampler sendo boostado obtém um lindo sustain para solos e leads e tenho isso na manga mesmo quando estiver usando meu amplificador - agora com mais gamas de timbres, alternando com o drive do amp.

Meu velho pedalboard “handmade” revestido de carpete (forração) é absurdamente forte e protege os pedais acho que até de um atropelamento! (rs). Retomei uma pequenina e confiável fonte de 500mA para ganhar espaço e criei uma grade no fundo do board elevando um pouquinho os pedais. Assim, os cabinhos de som e fios de força podem passar por debaixo dessa grade, diminuindo um pouco o caos que fica numa situação onde os pedais ficam todos bem próximos.

Minha cadeia de pedais continua praticamente na mesma sequência:

Guitarra Vox Wah-wah - Afinador Korg Pitchblack - MXR Phase 90 - Vintage Tremolo Big Effects - MXR Flanger EVH - Boss DD-3 Delay - Ibanez TS-9 - Voodoo Lab Superfuzz - Wampler Plextortion Amp

No  esquema que vinha usando nos últimos anos, meu fuzz acabava sendo  usado mais como um “drive setentista com leve sabor de fuzz” do que como um fuzz clássico. Nesse novo esquema, passo a deixá-lo mais como fuzz mesmo (também sendo boostado pelo TS-9 quando necessário). Isso não me impediu de ter as antigas opções, só ganhei novas e melhores alternativas e sons bem mais interessantes.

No meio dessa readaptação do board, recebi um sensacional presente do meu amigo Big Louis da Big Effects - um Vintage Tremolo, que não só será usado como tal, mas também como um boost clean quando estiver com os knobs de “Speed” e “Depth” zerados. Com isso, ganhei mais uma opção que não contava antes, principalmente em situações onde posso dar um “up” no som clean. Ele coube milimetricamente no agora apertadíssimo espaço que disponho no board, e só foi possível porquê o pedal é do padrão dos “mini pedais”, extremamente práticos e muito bonito por sinal.

(Clique AQUI ou na imagem abaixo para ir ao vídeo de SAMPLES que gravei desse pedal)

Tremolo Big Effects

Por último, uma coisa que sempre utilizei pouquíssimo foi o delay com a função de pequena ambiência em solos - aquele delayzinho beeem de leve que a maioria adora usar. Ao vivo, com a banda de rock clássico, nunca uso dessa forma! Gosto dos solos com som mais 70’s style. Acho que utilizei assim somente em pequenas situações quando gravei qualquer coisa - e até isso foi raro já que o normal e mais cômodo é acrescentar ambiência após feita a gravação. Meu uso de delay, pra quem já me conhece, é sempre aonde eles são extravagantes, determinantes mesmo, aonde são partes cruciais (coisas como U2 ou Pink Floyds da vida, tipo “Run Like Hell”, aonde ele faz parte do riff, ou em arranjos que costumo montar).

Agora, nessa leva de ampliar possibilidades com os mesmos pedais, abri esse leque que permite acrescentar esse uso do delay - meio longo e com pouco volume e feedback - para alguns solos.

Se eu conseguir, pretendo gravar algumas amostras de som, mas sabe Deus quando rs…

Foto do Board atual:

 

P1010517

 

Abraços!

Marcos “Lelo” Craveiro

domingo, 2 de fevereiro de 2014

E por falar em cover… (parte 2): tirando proveito de canções conhecidas para apurar seu jeito de tocar.

 

chaveiro

 

Minha maneira de estudar um pouco é tentar reproduzir arranjos e solos de músicas que gosto com certa fidelidade. Consigo assim, aperfeiçoar minha percepção musical (ouvido), ampliar meu vocabulário de licks, de shapes diferentes e técnicas, como a forma de palhetar, de abafar as cordas necessárias, o uso de slide,  two hands, etc.

A resolução do arranjo passa às vezes por sacar uma afinação alternativa, o uso de um capotraste, uma maneira diferente de pensar em pestanas como se estivesse em uma afinação aberta, o uso eficiente de cordas soltas em conjunto com algum riff ou mesmo o uso do polegar da mão esquerda para liberar mais opções, entre tantas outras coisas.

Em boa parte do tempo, gosto da ideia de tentar aproximar bem o resultado das escolhas do guitarrista original em relação não só à região do braço da guitarra, como também da sua “pegada”.  Isso me obriga a focar não só a minha mão esquerda (digitação - como acho que a maioria acaba fazendo), mas melhora muito o trabalho da mão direita (ritmo, palhetada, dinâmica). 

Aproximar o arranjo também te dá, por exemplo,  o ponto certo de como usar um slide, entender o esforço dele sobre as cordas e o ponto correto para que afine, e somado a isso, entender como abafar as cordas que não devem soar a mais,  ou onde se empenhar num vibrato, ou descobrir uma maneira melhor de percorrer o braço de forma fluída.

Você pode até usar o pedal de drive ou o amplificador parecido com o que você está tentando emular, ou mesmo a guitarra parecida, mas o que fará o resultado aparecer com mais eficiência por vezes será sua palhetada - o jeito, o esforço, mudança de ângulo, mudança da região das cordas, tudo contribui para tirar um som melhor, e focando a maneira de compreender como foi feito na canção original, você acaba por estudar sem perceber que assim o estava fazendo - além de ter um parâmetro para saber se está conseguindo obter sucesso no resultado. Você por vezes tem a leve impressão que mudou o estilo de soar do captador apenas mudando sua técnica de palhetar. Certamente você já escutou essa frase: “ timbre está na mão do guitarrista.“ Isso faz parte.

Por fim, o resultado, da mesma forma, está diretamente ligado no “ouvir e gostar da melodia” (e manter conexão emocional com a canção) pois isso atinge mais o ouvinte (e a você mesmo) do que a parte “circense” dos solos (que, claro, pode ter seus momentos, mas vira truque velho em pouco tempo). Se você imagina obter o interesse de quem escuta sua performance de forma mais duradoura, esse “detalhe” importantíssimo o ajudará a deixar a técnica somente a serviço e auxílio da sua forma de expressão, sem colocar o “carro na frente dos bois”. 

Os vídeos (do VIMEO) que compartilho a seguir, se não puderem passar uma parte da intenção em palhetar (a qualidade dos videos talvez não seja suficiente) tem pelo menos a minha tentativa em focar nos shapes e região do braço que consegui compreender dos arranjos originais, assim como alguns macetes que tento descrever abaixo que colaboram bastante no resultado.

Bem, façam proveito…  Alegre

 

1- “Good Times Bad Times” (Led Zeppelin)            led zeppelin logo

https://vimeo.com/84709673

Musica de abertura do primeiro álbum do Zepp. Duas coisas chamaram minha atenção: os 3 acordes do refrão (que na versão original se dividem com uma segunda guitarra que faz um trabalho diferente da primeira, dando às vezes impressão de serem apenas dois acordes, e por isso podem passar batido!) e também os 3 pequenos solos onde em dois deles Page abusa dos bends de 1 tom e 1 tom e meio! (uma de suas assinaturas).

 

2- “Smoke on the Water” (Deep Purple)            Deep_Purple_logo

https://vimeo.com/84996168

Maior clássico do Purple e que tem um solo muito interessante do Blackmore. Aqui a maneira (e esforço) ao palhetar em alguns trechos ajusta o timbre e intenção de Ritchie. Não sei se isso transparece no vídeo, mas é pra mim, o macete mais importante pra se chegar nas nuances desse hino do rock and roll.

 

3- “You Shook Me All Night Long” (AC/DC)          ACDC-Logo

https://vimeo.com/84972006

Aqui acho que a dica, entre outras coisas, é o vibrato. Angus Young é mestre nisso e o cuidado em alguns pontos faz a diferença no resultado. Ele põe tanta energia em algumas notas chave do solo que é como se quisesse “furar” o braço da guitarra ! rs

 

4- “Satisfaction Guaranteed” (The Firm)                 the firm logo

https://vimeo.com/83811449

Banda de Paul Rodgers (Bad Company) junto com Jimmy Page. Solo melodioso que mistura a digitação padrão ao slide e onde o vibrato exagerado em alguns pontos contrasta com a lenta mudança de algumas notas. O resultado faz a melodia criar a tensão pedida.

 

5- “Bad Little Doggie” (Gov’t Mule)                  govt mule Dose_cover

https://vimeo.com/75228883

Bons glissandos e palhetada firme é a receita! Tema fabuloso do Mule!

 

6- “Always on the Run” (Lenny Kravitz / Slash)      lenny-Kravitz logo

https://vimeo.com/75158423

Música de Lenny Kravitz mas com solo do Slash. Para mim, um clássico em todos os aspectos e o solo caiu como uma luva aqui. O jeito de fazer os bends são assinatura dele aqui e é onde fica a maior atenção.

 

7- “Hard To Handle” (Black Crowes)                  black crowes logo

https://vimeo.com/75148334

Dois solos com o pedrigree do rock and roll e com abordagens distintas, sendo o segundo mais agressivo. Adoro tocar esse tema nessa versão dos BC e ao vivo uso o TS-9 Ibanez para empurrar meu amplificador Peavey Classic 30 nesse solo dando a “cara” pra ele.

 

8- “Bad Love” (Eric Clapton)          eric_clapton_logo_03

https://vimeo.com/75122872

Acho que é o solo mais nervoso que já ouvi do Clapton. No início me parece um “pinch harmonic” entre os bends (e é o que eu fiz), de execução não tão simples. Além disso, o vibrato do Clapton é excepcional. Um dos mais instigantes solos que já toquei dele.

 

9- “I Feel Free” (Cream)                  cream_poster75K

https://vimeo.com/75428884

Novamente Clapton dando uma aula. Usando um fuzz e captação do braço, o foco aqui são os bends que alternam entre meio tom e tom inteiro. Meu jeito de observar a intenção nesse solo foi o de percorrer boa parte do solo na corda B (si). Creio que fluiu mais próximo do resultado que ele criou.

 

10- “Nobody’s Fault But Mine” (Led Zeppelin)        led zeppelin logo

https://vimeo.com/84962174

Um dos meus prediletos. Logo após o início do solo tenho a forte impressão que Page usou um recurso muito utilizado na música country que é o bendbehind the nut (um bend feito pressionando a corda antes da pestana do instrumento - normalmente a 3ª corda (SOL) solta - e que ele já havia usado no solo de “Heartbreaker” e nos harmônicos de “Dazed and Confused”). Eu não repliquei esta técnica porque minha guitarra não funciona bem fazendo isso (além do quê, ele usava encordoamento 00.9 e o meu é 0.10, o que provavelmente dificulta mais ainda). Adaptei este trecho na quarta corda (Ré) fazendo um bend na 5ª casa (SOL) e acho que ficou bem próximo.

 

Abraços!

Marcos “Lelo” Craveiro

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Review de pedais - Boss DD-3 Digital Delay - Marcos “Lelo” Craveiro

 
boss dd3 - imagem
Este pedal é um dos clássicos da BOSS e por muito tempo foi talvez o pedal de delay mais usado, não só por ser compacto, mas por ser de fácil utilização e de clareza no resultado. Em uma rápida pesquisa para saber quais guitarristas consagrados utilizam (ou já usaram) este modelo de delay, surgiram os mais variados nomes e estilos como Joe Satriani (que usa tanto um DD-2 como um DD-3 em seu set), Slash (G’N’R / Velvet Revolver), Ted Nugent, Lindsay Buckingham (Fleetwood Mac), Ritchie Kotzen (Poison/Mr Big), Billy Duffy (The Cult), Joe Bonamassa (Black Country Communion), Joe Walsh (Eagles / James Gang), Jim Root (Slipknot/StoneSour), Munky (Korn), Dave Grohl (Foo Fighters), Gus G. (Ozzy Osbourne), Stone Gossard (Pearl Jam), Brad Paisley (famoso guitarrista Country), Daron Malakian (System of a Down), além dos que usam dois DD-3 em seu set, como Robb Flynn (Machine Head), Mike Stern (renomado guitarrista de Jazz Fusion) e Dave Navarro (Jane’s Addiction / RHCP).
Embora hoje existam delays muito mais completos e de mais recursos que este modelo no mercado, incluindo os da própria Boss como o DD-7 e o ótimo DD-20, o DD-3 não deixa de fazer bem o seu trabalho, e basta mencionar que ele não saiu de linha mesmo com os outros mais modernos sendo lançados, então salvo você tenha usos mais específicos e complexos que fujam das opções oferecidas por ele e ou escolhas de timbragem muito voltadas para a praia dos pedais análogos, ele ainda é muito bem cotado.  Aliás, esta “praia” que os análogos abrangem pode ser o calcanhar de Aquiles desse pedal quando se pensa em versatilidade de timbragem. Ao contrário das repetições longas que tem muita clareza e precisão, exatamente por este mesmo motivo eu diria que nas setagens mais curtas (ainda que ele faça o trabalho) o pedal pode não render o resultado com tanta maestria, já que nessas condições os delays análogos - graças à degradação das repetições - criam um resultado mais “quente”.  Um bom exemplo é quando se trabalha com Slap Back Echo - efeito típico de delay em estilos como Rockabilly e Country - que fica até bacana com o DD-3, mas não tão orgânico e gordo como se desejaria em repetições curtas nesse tipo de delay digital.
Em repetições longas, já temos o contrário, pois o DD-3 é bem preciso. Como se trata de um pedal com todas as características dos efeitos digitais, ele te proporciona repetições sem a "sujeira" nas repetições com o sinal degradando aos poucos, como seria num dos antigos delays de fita. Eu, particularmente, gosto de repetições longas com estas características dos digitais, mas continuo preferindo algo mais "orgânico" nas repetições curtas, o que não é o caso dele.
No quesito timbre, alguns delays costumam aparentemente "colorir" o resultado, mudando a timbragem ou dando sua "personalidade" ao resultado das repetições. Este pedal não me parece ter esta característica, que pode ou não ser desejada, como por exemplo nos casos do Dan-Echo, da Danelectro, ou mesmo do Echo Park, da Line 6, que parece ter influência no seu timbre, em alguns casos, mascarando-o, mesmo que sutil. Alguns usuários do DD-7, por exemplo, já declararam fóruns afora perceberem uma pequena mudança no timbre limpo da guitarra em suas repetições, o que imagino que ainda que aconteça (e não sei afirmar), entra já na categoria das nossas divertidas excêntricidades como guitarristas, que é vista obviamente como preciosismo para quem não tem “aquele som exato” na cabeça.
Já observei também em conversas com outros guitarristas, além de posts em comunidades e fóruns de discussão afora, alguns comentários dando a entender que o DD-3 é um delay sutil, um delay de pouca pujança. Creio que o que gerou este comentário seja sua utilização com efeitos de distorção extremamente "pesados" vindo antes do DELAY. Quando tentei, por exemplo, utilizar o DD-3 vindo após o pedal “RAT”, da Pro Co, que é um distortion razovelmente pesado, obtive um resultado muito diferente do que consigo normalmente com pedais de overdrive. Nessa situação, com o distortion, o DD-3 respondeu com menor sensibilidade, pois recebeu um sinal mais sujo e forte e que aparentemente dificultou a ação do delay ao recebê-lo e reprocessá-lo com nitidez. Sabendo disso, algumas regulagens eficientes oferecidas no DD-3 podem soar “sutis” para outros quando usado logo após os distortions. Por conta desse teste, hoje meu DD-3 fica na cadeia ANTES dos pedais de drives/distortions. Isso não é regra, é uma opção pessoal. Muita gente prefere inclusive utilizá-los no LOOPING do amplificador para que ele funcione com toda a clareza possível. Nessa condição também muda mais uma vez o resultado quando se coloca drives, fuzzes e distortions na jogada, mas você só saberá o que é melhor pro seu uso pessoal testando. Testei isso em dois amplificadores que possuo, um fender transistorizado e um peavey valvulado e obtive resultados diferentes em algumas situações do meu uso normal. Por fim, achei meu melhor uso colocando o delay na cadeia dos pedais mesmo, entrando no input do amp como todo o resto, mas ficando antes dos drives. A resposta agora das repetições ficou mais clara e definida pro meu gosto pessoal (além de diminuir a teia de cabos que seria necessária para jogá-lo no looping).
O DD-3 delay tem 4 modos (MODE), sendo 3 que acessam o alcance de suas repetições e mais um último chamado HOLD que funciona como um looping de pequeninas frases:
Boss DD-3 - MODOS - tamanho da repetição
Short (modo 1 – S. 50ms) que começa em 12,5 ms e vai até 50 ms. Talvez o modo de menos uso desse pedal, exatamente pelas situações comentadas anteriormente nesse review sobre repetições curtas demais. Ainda assim, nos samples que gravei, abro com uma espécie de uma simulação de reverber usando este modo extremamente curto que pode quebrar um bom galho.
Middle (modo 2 – M. 200ms) que começa em 50 ms e vai até 200 ms. Também achei com pouco uso este modo,mas ele produz um razoável e eficiente Slap Back Echo que também demonstro nos samples.
Long (modo 3 – L. 800ms) que começa em 200ms e vai até 800ms. Este é de fato o modo que mais se utiliza no DD-3 e que se obtém uma infindável e criativa variedade de usos. Gravei vários samples mostrando regulagens possíves, ora usando temas conhecidos, ora apenas improvisando algumas formas mais ousadas de se abordá-lo.
O último dos MODOS que o DD-3 oferece é um modo chamado "HOLD". Nesta função, que nada mais é que um looping, você deve setar previamente o tempo da repetição e então tocar uma pequena frase, acionando em seguida o pedal e mantendo o footswitch pressionado enquanto desejar que a repetição continue. Assim, ele repetirá esta pequena frase infinitamente até que você solte o footswitch, cessando imediatamente as repetições. Você poderá tocar por cima disso outras coisas enquanto soa sua pequena frase em looping. Ví pouca gente usando essa função no DD-3 pois sua capacidade é muito reduzida, (fica no limiar dos 800ms para capturar uma frase, se assim regulado), ao contrário do atual DD-7 que funciona com um looping de 40 segundos, permitindo que se possa gravar frases longas, bases, etc. Ainda assim, é algo que tem uma aplicação até razoavelmente interessante e que será demonstrado de forma simples no vídeo dos samples.
Por último, o DD-3 oferece também duas formas de saída:
Boss DD-3 - saídas
► Uma delas é nomeada apenas como OUTPUT (lado esquerdo do pedal). Se usada sozinha, entrega para o amplificador os sinais em mono mixados (direto limpo e com delay), desde que o outro jack de saída (Direct Out) não tenha nada plugado nele.
► A outra saída é chamada de DIRECT OUT (lado direito do pedal, abaixo do jack input). Serve para que se conecte um outro cabo nela indo para um segundo amplificador, sendo que esta saída só entrega o sinal SEM delay (limpo).
Usado dessa forma, o sinal pode ser dividido em dois amplificadores, dando um resultado estéreo fantástico do delay, reforçando que o sinal que sair do jack OUTPUT entregará apenas o sinal COM DELAY no primeiro amplificador e o sinal que sair do jack DIRECT OUT entregará apenas o sinal  SEM delay (sinal limpo) para um segundo amplificador.

Sobre sua construção, os botões do DD-3 são de fácil visualização e o footswitch é melhor do que os da linha da Line6 (reconhecidamente frágeis) e que os da Ibanez (como o DE-7, que apesar de excelente delay, deixa a desejar no foot também). Como todo BOSS, o DD-3 é resistente e, apesar de alguns injustos boatos de que o pedal quebra "fácil", ele tem boa durabilidade. Possuo um DD-3 há muitos anos e nunca apresentou nenhum problema, e isso que o uso bastante tanto em shows como em casa. Creio que os maiores problemas desses pedais (e de parte de seus proprietários) é seu mal uso em relação a escolha da fonte de alimentação, já que delays digitais costumam consumir bastante, e este modelo de 9v DC consome entre 45mA e 65mA. Assim, desconsiderando-se esses cuidados, o que vejo muita gente fazer é ou usar fontes de má procedência ou fontes utilizadas nos seus limites, com vários pedais ligados e trabalhando de modo insatisfatório, com pouca sobra de mA. (Isso quando não improvisam algumas fontes que foram feitas para outros aparelhos).
O pedal peca por não ter a função "Tap Tempo", coisa que o DD-6 / DD-7 corrigiram, e também por uma certa perda de sinal se você tiver vários pedais BOSS na cadeia, mas que só será incômoda se além de você usar vários pedais que roubem sinal, você tiver um timbre extremamente exato e que encontre dificuldades com qualquer pedal que retire até o mínimo de sinal da cadeia.
O pedal funciona bem tanto na cara do amp como no looping. Como disse anteriormente, existem hoje várias excelentes opções no mercado, mas este pedal, quando encontrado por preço justo (costumam ser razoavelmente caros quando novos), é uma excelente opção de delay, além de ser reconhecidamente de fácil revenda. Era provavelmente o pedal mais usado no final dos anos 80.  Pelo menos a cada 10 bandas que eu assistia em São Paulo, umas 9 deveriam possuir uma unidade dessas em seus boards !

SAMPLES / SETTINGS

Gravei dois vídeos com samples e várias regulagens (SETTINGS) que abrangem desde músicas conhecidas até arranjos onde se pode criar/ousar um pouco mais, dando assim a possibilidade que aquele que quiser testá-lo tenha um ponto de partida para melhor compreender suas funções e aplicações, coisas que o próprio manual e site da Boss infelizmente não proporcionaram.

YOUTUBE 
(clique nas imagens abaixo):





Bom, é isso. Espero que o  texto e os vídeos possam elucidar um pouco mais sobre este pedal. Os vídeos postados acima são uma pequena atualização dos antigos vídeos que postei anos atrás no Youtube, pois os antigos foram feitos descompromissadamente e sem a intenção de serem compartilhados, foi um auxílio para um amigo que queria entender melhor suas regulagens e formas de uso.
Agora repaginei o antigo vídeo (que fora gravado com uma webcam precária para gerar as imagens das regulagens) e no atual utilizei imagens do pedal com as regulagens de forma extremamentes claras, além de também um áudio editado levemente melhor do que o youtube me permitiu à época.
Ainda assim, vale o comentário e troca de experiência em qualquer dos canais (Youtube ou aqui).

Abraços!
Marcos “Lelo” Craveiro


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Locais originais de onde foram feitas algumas fotos de capas de álbuns famosos.



Alguns sites e blogs afora disponibilizaram fotos e/ou endereços do google maps de onde foram geradas algumas das mais famosas capas de álbuns do rock já feitas. É bem interessante observar os locais das mesmas de outro ponto de vista que não a do conceito final da capa do artista. Reuní aqui algumas que encontrei navegando, mas existem muito mais.
Boa parte foi feita em Nova York, mas há lugares afora espetaculares. Divirta-se!
crédito (credit):
Boa parte do que consta aqui foi encontrado no site da http://www.popspotsnyc.com
visitem este site, vale a pena!
(I recommend visiting this site where some of these pictures were originally posted. Excellent !)





LED ZEPPELIN
HOUSES OF THE HOLY


Parte externa:
Local:  Giant's Causeway – norte da Irlanda.








Parte interna:
Local:  Dunluce Castle – Irlanda


Dunluce Castle Wikipedia